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  • No Dia Mundial da Água, um convite à reflexão

    NOTÍCIAS DA CÂMARA  -  22/03/2023 - 15:46:45 - Assessoria de Imprensa

    Data criada pela ONU alerta para a necessidade urgente de gerenciamento sustentável dos recursos hídricos

     

    A água é, paradoxalmente, o elemento mais abundante na Terra e o mais disputado pelo homem. Apesar de 70% da superfície do planeta ser coberta pelo líquido, menos de 0,5% do total é potável e disponível para o consumo. Em um cenário de demanda crescente e destruição de ecossistemas produtores de água, a escassez hídrica é apontada pela Organização das Nações Unidades (ONU) como a principal ameaça à humanidade nos próximos anos.

    É nesse contexto que se comemora nesta quarta-feira, 22 de março, o Dia Mundial da Água. A data foi instituída em 1993 pela ONU com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a crise global da água e promover reflexão sobre a importância do gerenciamento sustentável dos recursos hídricos.

    Atualmente, segundo a entidade, 2,2 bilhões de pessoas não têm acesso à água potável no mundo. A ONU projeta ainda que, em 2050, 5,7 bilhões viverão em áreas com escassez hídrica ao menos um mês por ano. No Brasil, criou-se o mito da abundância da água e de que a escassez era um problema apenas do Nordeste, mas a crise hídrica de 2013/2014, que quase deixou a população paulista sem água nas torneiras, abriu os olhos dos brasileiros.

    O problema é que, embora o Brasil tenha 12% da água doce disponível no mundo, a distribuição de recursos hídricos no país não é igualitária. Para se ter uma ideia, a região Norte detém 68% da água doce do país, mas abriga apenas 8,9% da população, enquanto o Sudeste possui somente 6% dos recursos hídricos, mas concentra 42% da população. Não por acaso, a falta de acesso à água potável impacta quase 35 milhões de pessoas no país.

    "É de suma importância praticar o uso consciente de água. Precisamos pensar em formas de reduzir o desperdício sem deixar de usar o recurso. Sendo assim, temos de nos habituar a verificar o consumo de água, conferir se há algum vazamento em nossa residência ou empresa e optar sempre por limpar calçadas ou quintais com vassouras, evitando o uso da água nessa atividade", comentou o vice-presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente, Obras, Serviços Urbanos e Atividades Privadas da Câmara, vereador Lucas Almeida.

    Engana-se, porém, quem acredita que reduzir o consumo doméstico é suficiente para preservar o recurso. Isso ocorre porque, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), a atividade que mais consome água é a agropecuária (70% do total), seguido pela indústria (22%) e pelo uso doméstico (8%) – daí a necessidade também de estimular a adoção de técnicas de irrigação que conservem a água.

    BILLINGS

    Diadema é abastecida pelo sistema Rio Grande, braço de produção de água da represa Billings, que atende cerca de 1,4 milhão de habitantes em três municípios do ABC. O manancial, porém, é subutilizado como fonte de abastecimento – em parte devido ao desvio de parte da água para a Usina Hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão, mas também devido à poluição, especialmente na parte oeste, a mais castigada pelo despejo de esgoto.

    Segundo a Sabesp, o sistema operava nesta quarta-feira com 101,7% de sua capacidade – acima, portanto, de seu volume operacional –, como reflexo das chuvas abundantes ocorridas durante o verão. Porém, com o início do outono, a diminuição progressiva das chuvas e, consequentemente, a menor reposição de água, a tendência é de redução gradual do nível da represa durante o período seco.

    A situação confortável da Billings e de outros mananciais da região metropolitana de São Paulo não significa, porém, que a população está livre de novas crises hídricas como a de 2013/2014. Afinal, as mudanças climáticas e o aquecimento global têm alterado o regime de chuvas e provocado eventos hidrológicos extremos, como enchentes e longos períodos de estiagem, o que reduz a capacidade de prever a disponibilidade de água.

    Em Diadema, a Sabesp é responsável pelos serviços de fornecimento de água e de coleta e tratamento de esgoto desde março de 2014. Segundo estudo divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Trata Brasil, Diadema integra o seleto grupo de 35 municípios, entre os 100 maiores do país, que universalizaram o abastecimento de água, e integra o ainda mais restrito grupo de dez cidades com 100% de coleta de esgoto. Tais indicadores põem Diadema na 36ª posição no ranking de saneamento do instituto, quatro posições acima da colocação obtida em 2022.

    Porém, há muito a ser feito, a começar pela redução no desperdício. Ainda segundo o Trata Brasil, 36,5% da água produzida no país perde-se na distribuição – em Diadema, esse indicador ficou em 31%. Outros desafios são recuperar o manancial da Billings, coibir novos loteamentos irregulares, impedir o despejo de esgoto na represa e frear o assoreamento de seu leito, que comprometeu 10% da capacidade nos últimos sete anos.

    Entidades, associações de moradores e a Prefeitura de Diadema se reuniram recentemente para formar a Frente Ambiental Viva Billings, que tem como objetivo a recuperação do braço do riacho Grota Funda, no Eldorado (divisa com a Capital), por meio da restauração do ancoradouro e da construção da Escola Municipal de Vela.

    "Precisamos reforçar as políticas públicas destinadas a trazer melhorias para o ecossistema da represa Billings, de forma a garantir o bem estar para toda população que depende da represa", disse Lucas Almeida.

    Mais informações podem ser obtidas no site www.cmdiadema.sp.gov.br. Acompanhe ainda nossas redes sociais: Facebook (/camaradediadema) e YouTube (TV CMDIADEMA).

     

    Fotos: Reprodução

     

    21/3/2023

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