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Com a presença de autoridades nos níveis estadual e municipal e também de vereadores da Casa, a Câmara de Diadema realizou, nesta segunda-feira (13), audiência para prestar contas e dialogar com a população sobre segurança pública no município.

A mesa da audiência pública foi composta por Orlando Vitoriano, presidente da Casa, pelos vereadores Josa e Cabo Ângelo, pelo secretário municipal de Segurança Benedito Mariano, pelo delegado seccional Marcelo Dias, pela delegada Renata Cruppi, pelo policial militar Sidney Antônio dos Santos, por Edvaldo Mendes, comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), e por Antônio Morato, presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg).

Estiveram presentes, ainda, Cristina Cruz, secretária do Conseg, Ana Rosa, inspetora chefe da GCM, Marcelo Santos, presidente da Associação Arco-Íris, e Maurílio Nascimento, representando a secretaria de Saúde.

Abrindo e apresentando o evento, o vereador e presidente Orlando Vitoriano afirmou que o objetivo desta audiência “é reunir as autoridades que cuidam da segurança na cidade, no estado e no legislativo”. “Nós, na condição de vereadores, acompanhamos e participamos dos problemas da cidade, e essa ponte entre a população e as forças de Estado é feita pela Câmara. A presença de todos aqui é uma demonstração de respeito a essa Casa de Leis e à população de Diadema”, prosseguiu.

“O que está vendo feito por cada autoridade policial? O que mais precisa feito? Hoje é o momento da população participar e dar sua opinião, mas antes disso a gente precisa saber o que cada um está fazendo. Tem muita coisa para se fazer, mas a gente precisa valorizar também o que está sendo feito”, concluiu Vitoriano.

“Segurança é uma das principais preocupações em Diadema e no Brasil”

Após a fala de Vitoriano, o secretário de Segurança Benedito Mariano ocupou a tribuna para prestar contas sobre a atuação de sua pasta. Segundo o secretário, a segurança pública é um dos principais temas de preocupação da sociedade, não apenas em Diadema, mas em todo o país, mesmo que a cidade tenha demonstrado avanços nos índices nos últimos anos, com diminuição dos homicídios dolosos e da letalidade policial.

Após destacar que a responsabilidade primordial de zelar pela segurança pública é estadual e não municipal, Mariano elencou as principais ações do Executivo municipal nesta temática. Mariano citou a Operação Bairro Seguro, que busca implementar um policiamento comunitário por meio do diálogo com a população, a Operação Paz e Proteção, que combate as festas populares conhecidas "pancadões", e a Operação Ponto Seguro, que busca inibir furtos e roubos.

Além disso, o secretário salientou a importância de programas como a Patrulha Maria da Penha, que segundo ele já atendeu a mais de 700 casos de mulheres resguardadas por medidas protetivas, o programa de mediação de conflitos, que oferece cursos para professores e diretores escolares, por exemplo, o Observatório de Segurança Escolar, e a retomada do Centro Integrado de Monitoramento.

Combate à violência doméstica e participação do público

Após Benedito Mariano, o policial militar Sidney dos Santos apresentou slides com dados sobre a atuação da corporação em Diadema, e a delegada Renata Cruppi falou sobre a atuação da Delegacia da Mulher e sobre os crimes de violência doméstica. “Não tem mais essa história de briga de marido e mulher, é uma briga entre agressor e vítima, e é preciso denunciar e acolher”, resumiu.

Em seguida, o vereador Cabo Angelo criticou a diminuição do efetivo da PM pelo governo estadual e cobrou mais engajamento da GCM no patrulhamento e no combate aos crimes que em sua visão necessitam de mais repressão na cidade.

Entre o público e outras autoridades presentes, foram mais de dez falas com sugestões, observações e críticas à situação atual da segurança pública na cidade de Diadema. Entre os pontos levantados, o patrulhamento aos “pancadões”, o combate a roubos e furtos e à impunidade e a necessidade de uma atuação melhor em relação aos crimes raciais e às violações aos direitos da população LGBTQIA+ - violações que, muitas vezes, são cometidas pelos próprios policiais. 

Texto: Júlio Delmanto

Fotos: Wilson de Sá

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